Nutaliose equina / Babesiose equina - Doença do Carrapato

Nutaliose equina / Babesiose equina - Doença do Carrapato
A Babesiose equina, conhecida também como nutaliose ou piroplasmose é uma doença causada por hemoparasitas, a Babesia equi (chamada de Theileria equi) e a Babesia caballi. Transmitida no Brasil por carrapatos do gênero Anocentor nitens e Amblyomma cajennensis.
Importante afecção que acomete equinos, asininos e muares em todo o Brasil e em diversos países do mundo.

Etiologia

Carrapatos do gênero Anocentor nitens e Amblyomma cajennensis, e causada pelos protozoários hemoparasitas Babesia caballi e Babesia equi (Theileria equi).

Babesia caballi: invade eritrócitos, o tratamento é mais efetivo.

Babesia equi: Theileria equi. Invade linfócitos, ocorre o desenvolvimento e multiplicação, invasão de eritrócito, animal contaminado fica portador crônico.

Transmissão

Transmissão do protozoário ocorre pela picada do carrapato e no carrapato acontece (transovariana) e transplacentária.

Sinais Clínicos

Forma aguda (febre 41,5ºC, anemia, icterícia, hepato e esplenomegalia, bilirrubina e edema ventral- boleto).

Após o período de incubação que é de cerca de 8 a 10 dias, o primeiro sinal evidente é o aumento de temperatura corpórea, que pode se apresentar em picos ao final da tarde. A anemia é causada pela diminuição no número de eritrócitos, havendo hemólise intravascular, resultando em liberação de hemoglobina e deposição de bilirrubina nos tecidos (icterícia).
Apesar da gravidade da infecção aguda, a maioria dos animais desenvolve a forma crônica, podendo apresentar reagudizações em situações que determinem a diminuição da taxa de anticorpos, como stress. Esta condição provoca prejuízos diretos, representados principalmente pela queda de performance dos animais, moderada inapetência e perda de peso. O animal que desenvolveu a forma crônica da doença, quando submetido a qualquer situação de estresse, como um treinamento pesado, viagem ou processo cirúrgico, pode voltar a apresentar a doença de forma evidente.
Pode causar aborto, partos prematuros, nascimentos de natimortos, nascimento de potros enfermos, que se não tratados corretamente, podem morrer já nas primeiras 24 horas de vida.

Prevenção e Controle

O controle dos carrapatos deverá ser realizado utilizando-se produtos comerciais próprios para este fim.
A principal forma de erradicação desses carrapatos é a aspersão de carrapaticidas periodicamente, até que a incidência de casos seja menor, além da manutenção da higiene geral e manejo adequado.
Fator individual de resistência: anticorpo (animais confinados em cocheira e animais criados a campo (pasto). A baixa infestação por carrapatos observada em cavalos confinados impede a manutenção de taxas de anticorpos suficientes para promover proteção adequada destes animais.

Diagnóstico

Diagnóstico: clinico e laboratorial (pesquisa de hematozoarios- sangue total, periferia na ponta de orelha e veia facial; hemograma completo; pesquisa para babesia IgG, IgM e PCR-RT para Babesia sp).

Tratamento

Vários produtos no mercado: Dipropionato de imidocarb, diferenças nos protocolos, terapia de suporte- anemia, febre e edema; ação colinérgica aumentando espasmo. Posologia é 2,2 mg- 4 mg/kg/PV- 1ml/50kg, via IM. É hepatotóxico (mesmo em pequenas doses), portanto é importante oferecer proteção ao fígado.
Como se trata de um parasita causador anemia, o uso de suplementos a base de ferro, ácido fólico e vitamina B12 são benéficos para a recuperação do animal.

O Pro-Sacc é um aditivo probiótico para equinos composto por um concentrado de levedura viva (Saccharomyces cerevisiae) e enriquecido com aditivo prebiótico (mananoligossacarídeos). O uso dessa levedura oferece fortalecimento ao sistema imunológico, melhora os níveis de hemoglobina e hematócrito através do estimulo à síntese de vitaminas do complexo B. Como vimos anteriormente o fator individual de resistência é a produção de anticorpos para promover a proteção adequada destes animais e o uso do ProSacc irá proporcionar maior imunidade pelo aumento do nível de anticorpos ou da atividade macrófaga, sendo essa função muito importante no combate dessa enfermidade.

 

Médica Veterinária
Nayara Soares

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