Até qual idade meu cavalo pode crescer?

Até qual idade meu cavalo pode crescer?
Muitas pessoas querem saber até qual idade seu cavalo vai crescer. Mas, para responder essa pergunta, temos que avaliar o contexto em que o animal vive e seu histórico. Isso porque inúmeras circunstâncias podem interferir no desenvolvimento do animal.

Entre elas estão a alimentação, a genética e — principalmente —, o manejo, fatores capazes de determinar o crescimento e antecipar a maturidade óssea. Mas o que seria essa maturidade óssea?

Maturidade óssea é indicada pela epífise

Os cavalos jovens têm a chamada epífise em seus ossos longos, que na radiografia aparece como uma camada quase que invisível de cartilagem. É nela que boa parte do crescimento ósseo ocorre.

Assim que os níveis hormonais aumentam, durante a puberdade, a maturação do osso acelera. Eles começam, então, a se aproximar do tamanho e da forma que terão na idade adulta.

Ao passo em que o animal vai ficando mais velho, essas porções restantes de cartilagem das epífises tornam-se mais finas, até que desaparecem por completo. A radiografia indica que as epífises estão “fechadas” e que não haverá mais crescimentos dos ossos.

Por isso é importante avaliar a maturidade óssea através da radiografia, para saber se ela está completa (ou não). A epífise distal do rádio é a região de eleição, por apresentar uma indicação mais precisa da evolução óssea do animal e por ser uma técnica prática e de fácil execução na rotina diária.

As classificações do fechamento epifisário

O grau de fechamento epifisário pode ser classificado em “A”, que corresponde à linha epifisária totalmente fechada; em “B” quando o fechamento é percebido no centro e aberto na periferia; e em “C” quando a linha está completamente aberta.

Ainda não há muitos relatos científicos sobre a idade de fechamento epifisário distal do rádio por raças de equinos. As que já foram pesquisadas, são:

Raça Árabe: 24 meses no macho e aproximadamente 23 meses nas fêmeas.
Raça Manga-larga: 24 meses no macho e aproximadamente 25 meses nas fêmeas.
Raça Puro Sangue Inglês: 24 meses no macho e aproximadamente 23 meses nas fêmeas.
Raça Trotador: 26 e 27 meses, sem especificação de sexo.

Se a raça do seu cavalo não estiver contemplada na relação acima, lembre-se que a avaliação do crescimento pode ser feita em um procedimento simples, com auxílio de um profissional radiologista veterinário.

A genética é um fator determinante no desenvolvimento e tamanho do potro e cabe ao criador usufruir desse material — e otimizá-lo. Mas de nada adianta o animal ter excelente genética se não houver atitudes que garantam a boa nutrição e saúde do potro.

Manejo contribui para o crescimento do potro

Não é incomum criadores que não se preocupam em alimentar a receptora que está gerando um campeão. Eles se esquecem que, por mais que o material genético não seja o da mãe, ela é a responsável por nutrir e gerar esse potro.

Nesse contexto, o manejo ao qual a mãe é submetida, principalmente no terço final de gestação, é determinante para o crescimento do potro e para imprimir todos os diferenciais genéticos. O manejo do potro após seu nascimento também é importante.

Esse assunto é amplamente discutido (e documentado) em artigos sobre epigenética. É o termo usado para a capacidade que o meio tem de interferir nas características e qualidades genéticas de um animal. O que vale também para a alimentação.

Alimentação e suplementação otimizam potencial genético

A ração, o volumoso e o suplemento que o cavalo consome contribuem — e muito! — para otimizar o material genético do animal e ajudar no crescimento. Hoje o mercado evoluiu e as empresas têm proposto produtos com cada vez mais qualidade.

Um criador de animais com diferenciais genéticos não pode deixar de usar rações específicas para cada fase de desenvolvimento e categoria do animal, além de deixar disponível a melhor qualidade de volumoso. Assim, irá prevenir enfermidades e melhorar o desenvolvimento do animal.

A utilização de suplementos funcionais também se faz necessária para garantir e melhorar o funcionamento do organismo do animal e otimizar o desenvolvimento. Mas quais suplementos são os mais indicativos?

Pro-Sacc e Crescer: suplementos para a égua e para o potro

O Pro-Sacc é um aditivo funcional probiótico que ajuda na digestibilidade e na absorção de nutrientes. É ideal para ser usado no terço final de gestação da égua, período em que a capacidade de consumo é reduzida, e no período pós-parto, já que contribui para a produção de leite e aumento da imunidade.

Já para o potro, a suplementação pode ser mais ampla. Uma boa opção é o CRESCER, que favorece o aporte de ampla cadeia de aminoácidos, além de disponibilizar fonte nobre de cálcio Lithothamnium calcareum, fundamental para o desenvolvimento.

O CRESCER ainda vem enriquecido com prebióticos e probióticos que o caracteriza como um excepcional suplemento funcional, de alta segurança e que promove saúde intestinal.

REFERÊNCIAS:
 
ADAMS, O.R. Radiographic determination of bone maturity as a guide to training horse. In: STASHAK, T.S. Lamness in horse. 3.ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 1974. 550p.
MAMPRIM, M.J.; VULCANO, L.C.; MUNIZ, L.M.R. Estudo radiográfico do fechamento da epífise distal do rádio em potras da raça Manga-Larga. Veterinária e Zootecnia, v.4, p.59- 62, 1992.
MASON, T.A.; BOURKE, J.M. Closure of the distal radial epiphysis and its relationship to unsoundness in two year old thoroughbreds. Australian Veterinary Journal, v.49, p.221-228, 1973.
MYERS JR, V.S.; EMMERSON, M.A. The age and manner of epiphyseal closure in the forelegs of two Arabian foals. American Veterinary Radiology Society, v.7, p.39-47, 1966.
PEZZOLI, G.; DEL BUE, M. Valuazione radiografica della maturità ossea nel cavallo Trottatore al fini del l’allenamento. Atti de la Societa Italiana della Scienze Veterinarie, v.27, p.360-364, 1973.
VULCANO, L.C. et al. Radiographic study of distal radial physeal closure in thoroughbred horses. Veterinary Radiology & Ultrasound, v.38, p.352-354, 1997.
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Allan Rômulo
Allan Rômulo

Medico Veterinário, empresário fundador da Univittá Saúde Animal, pós graduado em administração de empresas pela FGV. Formulador e desenvolvedor de tecnologias para nutrição animal, com experiência em marketing veterinário e venda de produtos de conceito.

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