Novo conceito da suplementação e alimentação do cavalo atleta

Novo conceito da suplementação e alimentação do cavalo atleta
Com a evolução do conhecimento sobre a fisiologia digestiva dos cavalos, alguns procedimentos adotados pelo manejo nutricional “tradicional” têm que ser modificados com objetivo primordial de manter a saúde digestiva. 
O primeiro passo se refere a retomada de conceitos básicos referentes a evolução da espécie equina no que tange a necessidade de ingestão constante de alimento e liberdade para movimentação. O cavalo, como herbívoro nômade e predado na sua origem, para manter as funções digestivas estáveis precisa mastigar, no mínimo 18 horas, caminhar 6 quilômetros por dia. Isso representa uma grande modificação no manejo utilizado pela maioria dos proprietários que, frequentemente, mantem os cavalos confinados e recebendo alimento em poucos momentos durante o dia. Também inclui aqueles que costumam, durante o momento de oferecimento da ração, não fornecer o alimento volumoso com receio de prejuízo no aproveitamento os nutrientes da ração. O capim, feno ou seja, a fração volumoso da dieta, deve ser oferecida ao cavalo de forma constante, sem necessidade de nenhum controle ou redução de consumo, sempre lembrando que essa é a parte mais importante da alimentação e deve tem a maior qualidade possível. 
O segundo ponto se refere a formulação da ração. Tradicionalmente se usa uma grande quantidade de amido como principal fonte de energia, oriundo principalmente do milho, aveia e sorgo. As ocorrências clínicas e pesquisas mais recentes, tem mostrado uma importante ocorrência de síndromes metabólicas nos cavalos, associadas ao consumo de dietas com altos níveis de amido, que levam a quadros de redução de desempenho, alterações de comportamento, problemas digestivos e até laminite. Para minimizar a ocorrência desses problemas, as formulações mais modernas têm utilizado como principais fontes de energia, o óleo vegetal e as chamadas superfibras, que são fontes de hemicelulose (casca de soja) e pectina (polpa de beterraba), com ótimo capacidade energética e praticamente risco nenhum para a saúde digestiva e orgânica dos cavalos em substituição ao amido do milho e da aveia.
Neste sentido, a qualidade da proteína, outro fator a ser levado em consideração, tem sido apresentado nas formulações mais modernas. Não apenas a quantidade, mas a qualidade em aminoácidos é fundamental para garantir, em primeiro lugar o adequado aproveitamento dos nutrientes da dieta, mas também a funcionalidade de todas reações orgânicas. O organismo dos cavalos depende de proteína de alta qualidade para manter o desempenho e qualidade de vida. Importante também que devesse ter um limite no teor de proteína na dieta, um excesso de proteína na alimentação pode trazer problemas para o animal. 
Os minerais têm papéis importantes no equilíbrio dos fluídos dos tecidos do corpo e na circulação de oxigênio na corrente sanguínea. A maioria das gramíneas tropicais utilizadas na alimentação de cavalos no Brasil tem mínimas quantidades de minerais, portanto a utilização, na formulação da ração, de fontes minerais de muita qualidade, com maior absorção e equilibradas, pode representar uma grande diferença nos resultados. O uso de minerais orgânicos, de maior absorção é uma realidade necessária na produção de rações de alta qualidade.
Com objetivos semelhantes, devido ao uso de ração na dieta dos cavalos, algumas alterações podem ocorrer no ambiente digestivo, causando prejuízo a saúde. Para reduzir esses efeitos, a inclusão de pré e probióticos, é necessária na formulação mais moderna. Essas substâncias podem impedir a absorção de toxinas presentes no alimento e diminuir o crescimento de bactérias indesejáveis no trato digestivo dos cavalos que comem ração.  
Para finalizar, a evolução do processamento das rações utilizadas para alimentação adequada e moderna dos cavalos, tem possibilitado a adoção de programas nutricionais muito mais eficientes. As rações com melhor resultado digestivo, com menos efeitos negativos sobre a saúde digestiva dos equinos, são extrusadas, processamento que garante melhoria na digestibilidade dos nutrientes. O melhor aproveitamento digestivo dos nutrientes possibilita a redução de consumo de ração, com manutenção do desempenho.
O uso das modernas tecnologias de formulação das dietas e manejo pode proporcionar uma melhor condição de vida e consequente melhor desempenho para os equinos de todas categorias, tanto na criação como no esporte e lazer.

Nota Univittá

Atualmente, os benefícios da levedura viva Saccharomyces cerevisiae são reconhecidos mundialmente, apoiados por resultados de pesquisas realizadas em instituições de renome internacional. Sabe-se que essas leveduras (Pro-SACC) são usadas para estimular enzimas digestivas e tentar estabelecer um equilíbrio desejável dos microorganismos intestinais.
Modo de ação:
- Diminuição da contagem de bactérias patogênicas gerada pela produção de componentes antibacterianos, competição por nutrientes e competição por sítios de ligação;
- Alteração do metabolismo microbiano, pelo aumento ou queda da atividade enzimática;
- Proporciona maior imunidade pelo aumento do nível de anticorpos ou da atividade macrófaga. 
A suplementação com Pro-SACC aumenta a concentração de células vivas viáveis no ceco e cólon quando trabalhado com a suplementação mínima de 100 bilhões de UFC/dia. A suplementação modifica o pH e as concentrações do ácido lático e amônia. 
Analisando a influência da cultura de S. cerevisae na digestibilidade e na taxa de passagem de alimentos em cavalos alimentados com concentrado e volumoso em proporções iguais, estudos concluem que a suplementação com levedura melhora a digestibilidade e consequentemente a conversão alimentar. 
Com isso, a suplementação dos equinos resulta em uma melhor condição corporal, além de otimizar processos tanto produtivos quanto reprodutivos , e redução dos transtornos metabólicos como cólicas e laminites.
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Dr. Alexandre Augusto de Oliveira Gobesso
Dr. Alexandre Augusto de Oliveira Gobesso

Prof Dr. Alexandre augusto de Oliveira Gobesso Médico Veterinário - Universidade Estadual de Londrina – 1988 Mestre em Medicina Veterinária/Nutrição Animal - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia /USP – 1997 - Doutor em Zootecnia/Produção Animal Fac. de Ciências Agrárias e Veterinárias/Unesp/Jaboticabal/SP – 2001 Livre Docente - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia /USP – 2009 Professor Responsável pela Disciplina: Produção de Equinos - Curso de Medicina Veterinária Professor e Orientador - Mestrado e Doutorado na Área de Nutrição e Produção Animal - Pesquisador Responsável - Laboratório de Pesquisa em Saúde Digestiva e Desempenho de Equinos - Departamento de Nutrição e Produção Animal - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia/USP - Campus de Pirassununga/SP

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