O Cavalo Pantaneiro se originou na época da colonização do país, com a chegada dos cavalos ibéricos, a partir da cruza desses cavalos com o Crioulo Argentino e com o cavalo paulista. São cavalos essenciais para os moradores do Pantanal, pois ajudam no trabalho com o gado corte que é uma das principais atividades da região.
A região do Pantanal encheu-se de manadas de cavalos principalmente, quando foi inundada pelo rio Paraguai, por consequência das distâncias e dificuldades de comunicação entre essa zona e o litoral esses animais ficaram isolados durante anos. A raça é fruto da seleção natural, que os fez sobreviver e se muito bem ao ambiente hostil em que vivem.
Este animal é considerado esperto, de porte elegante, apresenta muita força, velocidade e flexibilidade. Mas a resistência é o que mais se destaca nos pantaneiros. Apesar de toda essa força e agilidade, depois de domados são muito dóceis. A resistência é um fator muito importante para esses cavalos que durante a seca andam consideráveis distâncias para se hidratarem, já na época das chuvas, ficam cerca de 4 meses com as patas imersas na água. Com isso seus cascos se mostram muito resistentes também já que não sofrem danos por ficarem imersos durante tanto tempo.
Mesmo sendo tão resislientes já foram quase extintos por cruzas indeterminadas com outras raças e por diversas doenças.
Apesar de tantas qualidades e utilidades, o interesse comercial neste cavalo ainda é muito baixo, o que dificulta o ganho de verba para pesquisas mais profundas sobre a raça.
Padrões da Raça
- Aparência: Porte médio. Sua aparência demonstra um animal resistente.
- Pelagem: Predomina a tordilha, mas encontramos também a báia, pedrês, e castanha.
- Altura: Em média 1,42m.
- Peso: Aproximadamente 350Kg.
- Cabeça: Proporcional ao pescoço e com angulação de 90 graus entre o seu bordo inferior e o do pescoço.
- Faces: De perfil direito ou subconvexo.
- Fronte: Longa e ampla.
- Orelhas: Curtas.
- Olhos: Grandes, vivos e afastados lateralmente, proporcionando boa amplitude de visão.
- Narinas: Espaçadas, amplas, finas e elásticas.
- Boca: Bem delineada.
- Focinho: Curto.
- Pescoço: Forte, sem ser grosso, bem implantado e com pouca crina.
- Tronco: Alongado.
- Cernelha: Bem definida e aparente.
- Dorso: Musculosos e horizontais.
- Lombo: Musculosos, cheios e arredondados.
- Garupa: Inclinada, com baixa inserção da cauda.
- Peito: Largo, profundo e não saliente.
- Tórax: Amplo e profundo.
Membros: Bem aprumados, musculosos. Possuem ossos e tendões fortes.
- Espádua: longa e oblíqua.
- Braço e antebraço: Musculosos.
Joelhos: Retos em sua face cranial e chatos
- Pernas: Longas, fortes e bem aprumadas com coxas cheias e musculosas.
- Jarretes: Bem aprumados;
- Canelas: Aprumadas, com tendões fortes e bem delineados.
- Boletos: Proporcionalmente largos, bem definidos e suportados.
- Quartelas: Oblíquas e bem orientadas.
- Cascos: Pequenos à médios, sólidos, duros, normalmente escuros, com sola côncava e ranilha elástica.
Letícia Simões
Estudante de Medicina Veterinária USP Pirassununga FZEA , estagiária no laboratório de pesquisa em saúde digestiva e desempenho de equinos, atualmente envolvida em um experimento sobre nutrição do casco equino e trabalha no marketing da Univitta Saúde Animal.
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