Os equídeos são animais mamíferos herbívoros, e devido seu sistema de criação, eles possuem uma susceptibilidade elevada de infecções por causas parasitárias, já em suas primeiras semanas de vida.
Eles são parasitados por muito mais espécies de helmintos do que os bovinos, onde os animais que contraem estes vermes, são prejudicados no seu desenvolvimento e no seu desempenho.
Os parasitas gastrointestinais, geralmente, apresentam-se de forma subclínica, promovendo problemas de desempenho e até mesmo de desenvolvimento para o criador e proprietário do animal, podendo muitas vezes causar problemas maiores como cólicas fulminantes.
Fatores que devemos levar em conta para correta vermifugação?
Quando vamos fazer o manejo de vermifugação em um cavalo ou um muar, devemos levar em conta que o vermífugo deve ser feito com o objetivo de prevenção e/ou tratamento a fim de controlar a presença do verme em nosso animal. Dessa forma, temos que nos atentar a alguns fatores para que nossa vermifugação seja eficiente:
Idade do animal: Potros são mais propensos a verminoses e mais sensíveis á verminoses do que animal adulto. Vale lembrar que alguns vermes pode ser transmitidos via leite para o potro como é o caso dos pequenos Strongylus.
Sexo do animal: Éguas prenhes são mais acometidas pelas verminoses, pois há indícios que na época do parto a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) aumenta significativamente, podendo gerar ainda mais a contaminação da pastagem.
Outro cuidado que devemos ter com as éguas prenhes é que não devemos administrar vermífugos com princípios ativos à base de organofosforados, no terço final de gestação, pois os mesmos podem causar aborto.
Raça do animal: Apesar de poucos estudos a respeito, algumas literaturas relatam que as raças PSI, Quarto de Milha e Cavalo Árabe são mais susceptíveis que as demais raças as verminoses. Dessa forma, é importante que o criador esteja atento a este suposto agravante.
Local: Dependendo do local e das condições do ambiente em que vivem os animais, eles estão mais ou menos propensos à infestação de verminoses. Piquetes, cocheiras e estábulos úmidos e com acumulo de fezes propiciam o aumento da infestação. Ademais, locais que concentram maior densidade demográfica em um mesmo piquete ou pasto, são mais propensos a terem problemas com infestação parasitária.
Clima: No período da seca os animais ficam mais susceptíveis as infestações devido ao grande número de larvas ingeridas no período das águas. Isso ocorre, porque durante as águas o ambiente está mais propício à multiplicação e manutenção das larvas ou verminoses.
Água: Sempre devemos inspecionar os cochos e bebedouros destes animais para que os mesmos estejam limpos, sempre fornecendo uma água de boa qualidade aos animais, com isso evitamos consideravelmente o risco de infestação. Esse fator se torna pouco relevante para os animais que ingerem água corrente de boa procedência.
Manejo alimentar: Os animais que recebem uma alimentação balanceada com um concentrado e um volumoso de boa qualidade, em conjunto com uma boa suplementação, são mais resistentes às infestações parasitárias do que os animais que possuem uma alimentação de baixa qualidade.
Mas o que devo fazer?
Para um esquema de controle mais eficiente é recomendado a vermifugação a cada 60 dias em todos os animais da propriedade inclusive em potros e éguas prenhes, sempre devendo tomar os devidos cuidados com o princípio ativo a ser usado.
Antes da vermifugação é recomendável fazer o exame de Cropocultura, OPG e o exame da fita gomada, estes exames são feitos, para analisarmos por quais vermes o animal está infectado, o grau de infestação e no caso da fita gomada para verificar se o animal está infectado com Oxyuris equi , pois os outros métodos não são eficazes para este parasita.
Os potros deverão ter sua primeira vermifugação aos 60 dias de vida e assim entrando no esquema de controle dos demais.
Após um ano de uso de anti-helmintico é aconselhável trocar o princípio ativo, mas também de amplo espectro, com isso evitando possíveis casos de resistência dos vermes.
O manejo, controle e protocolo de vermifugação, é de suma importância para proporcionarmos aos animais, bem-estar, saúde e evitarmos perda econômica ao proprietário e criador.
Para melhor eficiência no combate dos parasitas algumas medidas devem ser tomadas na propriedade, manter cochos de água e comedouros sempre limpos, promover limpeza de currais, estábulos removendo periodicamente o esterco.
É recomendável após uma vermifugação trocar o animal de piquete, ou mantê-lo encoucheirado, já que o animal irá expelir os vermes nas fezes, com isso evitamos a reinfecção do animal, ou a infestação de vermes em outros animais.
A vermifução de qualquer animal é um processo traumático para a microflora e prejudica significativamente a absorção dos nutrientes. Pensando nisso a utilização de produtos como o Pro-SACC, um aditivo funcional probiótico pode fazer com que a capacidade de aproveitamento da dieta do animal não seja prejudicada. O Pro-SACC trata-se de um produto natural que atua sobre a dieta total do animal e fará com que sua saúde intestinal esteja assegurada e a qualidade de vida garantida.
Referências
Embrapa CT/28 CNPGC,set/85
RAMVI,Getúlio Vargas, v.01,n.02,julh./dez.2014
Rodrigo Bicalho
Formado em administração de empresas e estudante de medicina veterinária, atualmente trabalha no Marketing da Univittá
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