Os cavalos, assim como os humanos, estão abertos a tudo o que há de novo enquanto jovens. O organismo do potro está disposto e preparado para absorver e aproveitar nutrientes, minerais, aminoácidos e diferentes fontes de energia. É aí que mora o perigo.
Com o que devo nutrir ou alimentar um compartimento tão pequeno e ainda em formação? Qual seria o momento certo para isso? Existem produtos capazes de otimizar o aproveitamento do que está sendo dado?
Se você tem uma dessas dúvidas, saiba que o mais importante é se preocupar com a qualidade do volume ofertado, já que o potro é um animal herbívoro. Mas acompanhe este artigo que vamos ajudar a sanar suas dúvidas.
A partir de quando devo me preocupar com a nutrição dos potros?
A preocupação com a nutrição de potros deve começar desde muito cedo, ou seja, quando ainda estão sendo gestados. É importante que a égua tenha um bom suporte nutricional, principalmente no último terço da gestação – quando ocorre cerca de 70% do desenvolvimento do feto.
A falta de acesso da égua a um balanceamento de cálcio e fósforo é uma das falhas mais comuns e responsável pelas doenças ortopédicas do desenvolvimento, que podem ser observadas já no nascimento do potro. Uma das soluções para que não ocorra o desbalanceamento de cálcio e fósforo durante a gestação é fornecer sal mineral de livre acesso para as éguas, que irão utilizá-lo de acordo com suas exigências.
Vale lembrar que o sal mineral é importante para cavalos em qualquer fase da vida, mas suas exigências variam de acordo com a demanda fisiológica, como estado de lactação e fase de desenvolvimento.
Quando devo começar a fornecer ração?
Assim que o potro nasce, o leite materno deve garantir a nutrição e sua qualidade em minerais, como cálcio e fósforo, terá papel fundamental no desenvolvimento de estruturas de sustentação, ossos e ligamentos.
A partir dos 3 meses, os nutrientes do leite deixam de ser suficientes para o crescimento dos potros. Então, mesmo que ainda sejam amamentados, deve-se iniciar o fornecimento de ração.
No entanto, essa dieta necessita de cuidados. Quando o fornecimento energético é muito alto, a diferenciação de cartilagem em osso não consegue acompanhar o crescimento, provocando falha na ossificação endocondral e deixando a placa metafisária espessa.
Em outras palavras: a cartilagem, que deveria se transformar em tecido ósseo e permitir o crescimento dos ossos dos potros, faz isso em uma velocidade menor que a do crescimento. Isso faz com que a região próxima às extremidades dos ossos fique espessa e menos densa. Além disso, os tecidos moles não acompanham o crescimento ósseo.
Quais os prejuízos de uma nutrição inadequada e como evitá-la?
Todo esse processo que ocorre erroneamente provoca as doenças ortopédicas de desenvolvimento, conhecidas pela sigla DODs. Elas são uma das maiores dificuldades encontradas pelos criadores de cavalos por prejudicarem o desenvolvimento atlético dos cavalos. As mais comuns são:
- Fisites;
- Osteocondrose;
- Deformidades Angulares;
- Deformidades Flexurais.
O cálcio, por ser fundamental para o processo de ossificação, pode prevenir as DODs em potros. Mas além de fornecer cálcio, é preciso estar atento à quantidade de fósforo na dieta, já que ele imobiliza a utilização do cálcio pelo organismo e promove sua deficiência. Isso acontece porque o fósforo é um controlador da concentração sérica de cálcio.
Os criadores, portanto, devem saber que é preciso balancear fósforo e cálcio. A proporção ideal fica entre 2 a 1,5 de cálcio para 1 de fósforo (Ca:P). Em nenhuma situação, o fósforo pode estar em maior concentração que o cálcio.
O CRESCER é um suplemento da Univittá rico em cálcio que auxilia no crescimento de equídeos, possui MOS e leveduras vivas que auxiliam na imunidade e na saúde digestiva, além de proteínas de alta qualidade que irão ajudar no crescimento sem causar prejuízos ósseos.
Para animais que necessitam de uma suplementação à base de cálcio, a Univittá lançou o New Algas, um composto de Lithothamnium calcarium – fonte nobre de cálcio.
Letícia Simões
Estudante de Medicina Veterinária USP Pirassununga FZEA , estagiária no laboratório de pesquisa em saúde digestiva e desempenho de equinos, atualmente envolvida em um experimento sobre nutrição do casco equino e trabalha no marketing da Univitta Saúde Animal.
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