O que saber sobre a silagem de milho para cavalos

O que saber sobre a silagem de milho para cavalos

A disponibilidade de volumosos para criação animal na época da seca, no Brasil Central, é um desafio. Isso porque a sazonalidade se caracteriza pela diminuição do fotoperíodo e pela estiagem de chuvas  – e ainda há a falta de planejamento do produtor, o que agrava o problema. 


Uma alternativa para a sazonalidade é a conservação do excedente de forragem do verão, para que seja consumida durante o período crítico do ano. Essa conservação pode ser feita de várias formas: fenação, diferimento de pastagem, capineiras e ensilagem. 


A que vem ganhando espaço no cenário nacional, por causa da sua grande herança cultural, facilidade de manejo e produtividade satisfatória é a ensilagem. Mas neste artigo vamos mostrar por que é preciso atenção com a silagem de milho.


Como tem sido usada a silagem de milho


A silagem de milho vem sendo bastante usada na criação de equinos – uma prática herdada da bovinocultura de leite – tanto para complementação alimentar na época seca do ano quanto para baratear o custo de criação de animais estabulados. Neste último caso, substitui o feno ou o capim-verde. 


Mas usar a tecnologia da bovinocultura – ainda que consolidada em seus resultados –na equideocultura sem nenhum conhecimento prévio ou consulta de técnicos da área pode acarretar em alguns problemas


Os problemas da silagem de milho para cavalos


As características anatômicas dos equinos são diferentes das dos bovinos. A câmara fermentativa vem após a digestão enzimática, o que proporciona peculiaridades digestivas que inviabilizam o uso de silagem de milho para cavalos.


O XIV Fórum de Gastroenterologia Equina, realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), discutiu em assembleia que o uso de silagem de milho não deve ser recomendado para equinos baseado em alguns fatores: 


  1. Qualidade da fibra

As células do colmo da planta de milho têm paredes celulares espessas para que a planta consiga se manter de pé. Isso acarreta em uma característica indigestível e torna a dieta com baixo valor nutritivo.


  1. pH

O pH baixo da silagem de milho é decorrente do processo de conservação. As bactérias consomem parte do substrato disponível no milho, produzem ácido lático, diminuem o pH do meio e impossibilitam o desenvolvimento de microrganismos patógenos aos animais. 


Na hora do consumo, o pH baixo prejudica os dentes dos equinos: lesa o esmalte dentário, pode causar cáries e inclusive perda de dentes, o que proporciona problemas futuros para a alimentação dos cavalos.


  1. Alto teor de amido

O alto teor de amido na silagem pode causar alguns problemas de ordem digestiva, como cólica e disbiose. Isso porque a capacidade enzimática de quebrá-lo é limitada em cavalos devido à baixa secreção enzimática  – no comparativo com outras espécies. 


Esse fator pode ocasionar em saturação da capacidade de absorção de amido no intestino delgado, provocando rápida fermentação microbiana no trato gastrointestinal, podendo elevar a produção de gases, de endotoxinas, de ácido lático e diminuir o pH intestinal.


  1. Possível contaminação por micotoxina

As micotoxinas são um grande problema para produção de alimentos em clima tropical, tanto para humanos quanto para alimentação animal. A contaminação do alimento pelos fungos pode ocorrer em diferentes fases, desde a colheita até o armazenamento. Se os cavalos ingerirem micotoxinas, podem ter diminuição da eficiência reprodutiva, diminuição da absorção de nutrientes, lesões hepáticas e renais.


Com todos esses problemas citados, o uso de silagem de milho para equinos, principalmente para cavalos de alto nível, deve ser erradicado. Em caso de extrema necessidade e quando não tiver o que ofertar aos animais, a utilização deve ser prescrita por algum técnico. O proprietário deve tomar as devidas precauções sabendo dos possíveis riscos.


Nota da Univittá


A Univittá desenvolveu vários produtos em sua linha que podem prevenir os diversos malefícios da utilização da silagem de milho para os cavalos. Dentre eles destacam-se o MOS, aditivo probiótico com alta função de adsorção das micotoxinas.


Outro produto que se destaca é o Pro-SACC, nosso probiótico que ajuda – e muito! – na digestibilidade das fibras e em qualquer disbiose causada na flora intestinal dos animais. 


Para finalizar, o NewAlgas tem ação fantástica para ser administrado no momento do fornecimento da silagem. O suplemento à base de alga marinha calcária, além de ser uma formidável fonte de cálcio, tem ação de tamponante, importante para preservar a integridade do esmalte dos dentes dos equinos. 


Conheça os produtos da Univittá e zele pela saúde e bem-estar do seu cavalo!


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Filipe Bastos
Filipe Bastos

Técnico em equideocultura pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Rio Pomba, zootecnista pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Rio Pomba, mestrando em Nutrição e Produção Animal com ênfase em nutrição equina pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia/ USP.

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