As principais doenças em cavalos estão ligadas aos membros locomotores e podem surgir devido a traumas ou distúrbios ósseos. Para que esses distúrbios sejam reversíveis, a causa precisa ser corrigida rapidamente. Por isso, o diagnóstico precoce dos desequilíbrios minerais é tão importante.
Isso porque dietas normalmente palatáveis e nutritivas, por mais que façam com que o animal desenvolva peso e tamanhos normais, podem esconder um desequilíbrio de cálcio e fósforo que acarreta em fragilidade óssea clínica ou subclínica.
Quando as lesões se tornam evidentes clinicamente, algumas das osteopatias mais frequentes observadas são a osteocondrose, as deformidades angulares e flexurais, a epifisite, os distúrbios ósseos nos cavalos em treinamento e a osteodistrofia fibrosa.
Neste artigo, vamos falar sobre esses desequilíbrios minerais e a epifisite, uma deformidade angular e flexora dos membros em potros.
O prejuízo do desequilíbrio nutricional
Em cavalos, o mais frequente desequilíbrio nutricional ligado aos minerais é a ingestão excessiva de fósforo ou insuficiente de cálcio. Se de um lado o fósforo em excesso aumenta a absorção intestinal e resulta na hiperfosfatemia, a ingestão insuficiente de cálcio determina uma hipocalcemia.
E tanto a hiperfosfatemia quanto a hipocalcemia estimulam a paratireoide — direta ou indiretamente — levando à reabsorção óssea e ao aumento da fosfatúria.
Isso significa que a ingestão contínua de uma dieta desbalanceada leva a um estado permanente de hiperparatireoidismo compensatório e ao desenvolvimento progressivo de distúrbios metabólicos do osso por reabsorção da matriz óssea, decorrente da ação do paratormônio.
Os cavalos com este tipo de distúrbio geralmente se alimentam de dietas ricas em grãos e com forragens de baixa qualidade. Apesar de se desenvolverem normalmente, podem apresentar fragilidade óssea clínica ou subclínica como a epifisite, também chamada de displasia da epífise.
O que é a epifisite?
A epifisite ocorre quando a cartilagem de crescimento não é substituída por osso e os vasos não conseguem penetrar na zona de crescimento. Com isso, o osso não se organiza e há necrose nesta área. Estima-se que 73% a 88% dos problemas de crescimento em potros são devido a deformidades de angulação ou epifisite.
A doença acomete potros em crescimento, entre 4 a 8 meses de idade, ou no início da fase de condicionamento e de treinamento, de 12 a 24 meses — principalmente aqueles que foram submetidos a diversas formas de superalimentação.
As causas da epifisite são multifatoriais. Podem surgir por problemas nutricionais (quando alimentados com rações contendo níveis elevados de proteínas e energia e desequilíbrios na relação entre cálcio e fósforo), por crescimento rápido, predisposição genética e traumas relacionados diretamente com alterações da ossificação endocondral.
Já a epifisite localizada somente em um membro pode ser resultado de trauma ou compressão excessiva da placa de crescimento.
Os sinais clínicos da epifisite
O que se observa rotineiramente são manifestações leves deste processo nos cavalos. Clinicamente há o alargamento no local da placa de crescimento distaI do osso rádio ou do metacarpo e metatarso distal em potros de até dois anos.
O local fica inflamado e, em casos mais graves, pode haver manifestação dolorosa — acompanhada de manqueiras. Também são comuns as sinovites, especialmente no tarso e no carpo.
Esta enfermidade conduz o aparecimento dos sinais clínicos de inflamação, tais como inchaço, dor e calor. O inchaço é de natureza dura e está associado ao calor na pele. A palpação é dolorosa para o animal. Ocorre também a claudicação, variável em intensidade a depender da gravidade da doença.
Pode-se ainda observar deformidade angular e flexora dos membros, na epifisite mais severa, pela interrupção do crescimento ósseo ou até mesmo pela dor crônica, respectivamente. O exame radiográfico mostra a produção de tecido ósseo em torno da placa de crescimento. É ali que se constata a doença.
É possível prevenir a epifisite?
Para prevenção da doença, a primeira — e uma das mais importantes — iniciativas a ser tomada é a avaliação da dieta do animal. Como regra geral, a quantidade de proteína e energia deve ser reduzida.
Vários fatores influenciam na absorção do cálcio e do fósforo. Normalmente cerca de 50% do cálcio ingerido é absorvido, mas a eficiência da absorção nos equinos diminui na sobrecarga e aumenta quando os níveis são deficientes na dieta.
A eficiência da absorção intestinal aumenta ainda durante períodos de maior intensidade na mineralização óssea, como crescimento e prenhez, e também na lactação.
Diagnóstico e tratamento da epifisite
O diagnóstico é relativamente fácil de ser feito, pois o simples espessamento das regiões fisárias radiocarpal levam à identificação da doença — principalmente quando associado a problemas de aprumos (valgus carpiano) e desequilíbrios séricos na relação cálcio e fósforo.
No entanto, o diagnóstico pode ser confirmado radiograficamente pela observação de:
- espessamento da extremidade distal da metáfise e da epífise;
- proeminência em projeção medial das faces diafisárias e epifisárias, acompanhada por diversos graus de “fechamento” prematuro da placa de crescimento;
- esclerose e osteomalácia metafisária em alguns casos.
A maioria dos casos de epifisite é passageira e responde positivamente ao tratamento. Entretanto, se não tratada adequadamente, a epifisite pode comprometer a futura carreira desportiva do cavalo.
O sucesso do tratamento depende da precocidade de sua aplicação e se baseia principalmente na imediata suspensão do treinamento, suplementação mineral funcional adequada e correção das alterações de aprumos que o potro eventualmente apresentar.
O repouso — de no mínimo três semanas — é fundamental para evitar a sobrecarga e o trauma sobre a placa epifisária, prevenir deterioração e, principalmente, deformações angulares e/ou flexoras dos membros. Anti-inflamatórios são recomendados na resolução dos sinais clínicos.
Qual a suplementação adequada?
O New Algas é um suplemento funcional mineral para grandes animais que pode ajudar no tratamento da epifisite. Ele é à base de Lithothamnium calcareum, fonte nobre de cálcio, e enriquecido com MOS (mananoligossacarídeos).
É altamente solúvel e de ação rápida. Além da riqueza em cálcio e magnésio, a estrutura da alga é bastante porosa, com 60% de espaços vazios, o que proporciona uma solubilidade bastante elevada.
O produto previne a redução dos níveis de cálcio no sangue, diminuindo a incidência da hipocalcemia. Além disso, é enriquecido com MOS, que tem como função a absorção de micotoxinas e a aglutinação de bactérias patogênicas, que levam os animais à diminuição da produtividade.
O New Algas é indicado para animais em desenvolvimento, com fraturas e problemas ósseos e para prevenir a redução de níveis de cálcio no sangue — uma das principais causas da epifisite.
Isso porque dietas normalmente palatáveis e nutritivas, por mais que façam com que o animal desenvolva peso e tamanhos normais, podem esconder um desequilíbrio de cálcio e fósforo que acarreta em fragilidade óssea clínica ou subclínica.
Quando as lesões se tornam evidentes clinicamente, algumas das osteopatias mais frequentes observadas são a osteocondrose, as deformidades angulares e flexurais, a epifisite, os distúrbios ósseos nos cavalos em treinamento e a osteodistrofia fibrosa.
Neste artigo, vamos falar sobre esses desequilíbrios minerais e a epifisite, uma deformidade angular e flexora dos membros em potros.
O prejuízo do desequilíbrio nutricional
Em cavalos, o mais frequente desequilíbrio nutricional ligado aos minerais é a ingestão excessiva de fósforo ou insuficiente de cálcio. Se de um lado o fósforo em excesso aumenta a absorção intestinal e resulta na hiperfosfatemia, a ingestão insuficiente de cálcio determina uma hipocalcemia.
E tanto a hiperfosfatemia quanto a hipocalcemia estimulam a paratireoide — direta ou indiretamente — levando à reabsorção óssea e ao aumento da fosfatúria.
Isso significa que a ingestão contínua de uma dieta desbalanceada leva a um estado permanente de hiperparatireoidismo compensatório e ao desenvolvimento progressivo de distúrbios metabólicos do osso por reabsorção da matriz óssea, decorrente da ação do paratormônio.
Os cavalos com este tipo de distúrbio geralmente se alimentam de dietas ricas em grãos e com forragens de baixa qualidade. Apesar de se desenvolverem normalmente, podem apresentar fragilidade óssea clínica ou subclínica como a epifisite, também chamada de displasia da epífise.
O que é a epifisite?
A epifisite ocorre quando a cartilagem de crescimento não é substituída por osso e os vasos não conseguem penetrar na zona de crescimento. Com isso, o osso não se organiza e há necrose nesta área. Estima-se que 73% a 88% dos problemas de crescimento em potros são devido a deformidades de angulação ou epifisite.
A doença acomete potros em crescimento, entre 4 a 8 meses de idade, ou no início da fase de condicionamento e de treinamento, de 12 a 24 meses — principalmente aqueles que foram submetidos a diversas formas de superalimentação.
As causas da epifisite são multifatoriais. Podem surgir por problemas nutricionais (quando alimentados com rações contendo níveis elevados de proteínas e energia e desequilíbrios na relação entre cálcio e fósforo), por crescimento rápido, predisposição genética e traumas relacionados diretamente com alterações da ossificação endocondral.
Já a epifisite localizada somente em um membro pode ser resultado de trauma ou compressão excessiva da placa de crescimento.
Os sinais clínicos da epifisite
O que se observa rotineiramente são manifestações leves deste processo nos cavalos. Clinicamente há o alargamento no local da placa de crescimento distaI do osso rádio ou do metacarpo e metatarso distal em potros de até dois anos.
O local fica inflamado e, em casos mais graves, pode haver manifestação dolorosa — acompanhada de manqueiras. Também são comuns as sinovites, especialmente no tarso e no carpo.
Esta enfermidade conduz o aparecimento dos sinais clínicos de inflamação, tais como inchaço, dor e calor. O inchaço é de natureza dura e está associado ao calor na pele. A palpação é dolorosa para o animal. Ocorre também a claudicação, variável em intensidade a depender da gravidade da doença.
Pode-se ainda observar deformidade angular e flexora dos membros, na epifisite mais severa, pela interrupção do crescimento ósseo ou até mesmo pela dor crônica, respectivamente. O exame radiográfico mostra a produção de tecido ósseo em torno da placa de crescimento. É ali que se constata a doença.
É possível prevenir a epifisite?
Para prevenção da doença, a primeira — e uma das mais importantes — iniciativas a ser tomada é a avaliação da dieta do animal. Como regra geral, a quantidade de proteína e energia deve ser reduzida.
Vários fatores influenciam na absorção do cálcio e do fósforo. Normalmente cerca de 50% do cálcio ingerido é absorvido, mas a eficiência da absorção nos equinos diminui na sobrecarga e aumenta quando os níveis são deficientes na dieta.
A eficiência da absorção intestinal aumenta ainda durante períodos de maior intensidade na mineralização óssea, como crescimento e prenhez, e também na lactação.
Diagnóstico e tratamento da epifisite
O diagnóstico é relativamente fácil de ser feito, pois o simples espessamento das regiões fisárias radiocarpal levam à identificação da doença — principalmente quando associado a problemas de aprumos (valgus carpiano) e desequilíbrios séricos na relação cálcio e fósforo.
No entanto, o diagnóstico pode ser confirmado radiograficamente pela observação de:
- espessamento da extremidade distal da metáfise e da epífise;
- proeminência em projeção medial das faces diafisárias e epifisárias, acompanhada por diversos graus de “fechamento” prematuro da placa de crescimento;
- esclerose e osteomalácia metafisária em alguns casos.
A maioria dos casos de epifisite é passageira e responde positivamente ao tratamento. Entretanto, se não tratada adequadamente, a epifisite pode comprometer a futura carreira desportiva do cavalo.
O sucesso do tratamento depende da precocidade de sua aplicação e se baseia principalmente na imediata suspensão do treinamento, suplementação mineral funcional adequada e correção das alterações de aprumos que o potro eventualmente apresentar.
O repouso — de no mínimo três semanas — é fundamental para evitar a sobrecarga e o trauma sobre a placa epifisária, prevenir deterioração e, principalmente, deformações angulares e/ou flexoras dos membros. Anti-inflamatórios são recomendados na resolução dos sinais clínicos.
Qual a suplementação adequada?
O New Algas é um suplemento funcional mineral para grandes animais que pode ajudar no tratamento da epifisite. Ele é à base de Lithothamnium calcareum, fonte nobre de cálcio, e enriquecido com MOS (mananoligossacarídeos).
É altamente solúvel e de ação rápida. Além da riqueza em cálcio e magnésio, a estrutura da alga é bastante porosa, com 60% de espaços vazios, o que proporciona uma solubilidade bastante elevada.
O produto previne a redução dos níveis de cálcio no sangue, diminuindo a incidência da hipocalcemia. Além disso, é enriquecido com MOS, que tem como função a absorção de micotoxinas e a aglutinação de bactérias patogênicas, que levam os animais à diminuição da produtividade.
O New Algas é indicado para animais em desenvolvimento, com fraturas e problemas ósseos e para prevenir a redução de níveis de cálcio no sangue — uma das principais causas da epifisite.
Allan Rômulo
Medico Veterinário, empresário fundador da Univittá Saúde Animal, pós graduado em administração de empresas pela FGV. Formulador e desenvolvedor de tecnologias para nutrição animal, com experiência em marketing veterinário e venda de produtos de conceito.
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