A leucoencefalomalácia equina (LEME) é uma doença degenerativa não infecciosa e altamente fatal. Ela é causada pelo fungo Fusarium moniliforme, que libera micotoxinas no milho, na ração ou no feno.
Isso significa que, se o manejo e a estocagem forem inadequados, pode haver ingestão dessas micotoxinas por parte dos equídeos, causando intoxicação e afetando o sistema nervoso central dos cavalos.
O fungo causa uma alteração metabólica que promove o amolecimento da substância branca do encéfalo e a liquefação, que nada mais é que a passagem do estado sólido para o líquido.
Quando o cavalo ingere essas micotoxinas, ele apresenta sinais neurológicos súbitos. A evolução para a morte se dá em 72 horas. E o fungo, além de causar a encefalomalácia, também é responsável por outras doenças como edema pulmonar, câncer, entre outras.
Veja neste artigo como prevenir e controlar a patologia, como se dá o diagnóstico e qual o tratamento indicado.
Os sintomas da leucoencefalomalácia equina
Os sinais clínicos podem aparecer em algumas horas ou até mesmo dias depois que os animais consumiram alimentos contaminados por micotoxinas do fungo Fusarium moniliforme.
Isso porque há relação com a quantidade de toxina ingerida, a qualidade da imunidade do cavalo e sua tolerância à substância química.
Os primeiros sintomas são:
- hiperexcitação;
- anorexia;
- dificuldade de mastigação e apreensão de alimentos;
- incoordenação motora;
- lesão hepática;
- cegueira;
- depressão.
Os cavalos também começam a pressionar a cabeça contra objetos — a chamada head pressing. Quando a doença já está em estado avançado, o animal apresenta decúbito lateral com movimentos de “pedalar”, coma e morte em até 72 horas.
A prevenção e o controle da doença
A melhor forma de prevenir e controlar a doença é oferecendo ração, feno e/ou silagem de boa qualidade. Além disso, os alimentos devem ser estocados em locais ideais, com pouca umidade (inferior a 15%), em local arejado e sem mudanças bruscas de temperatura. O choque térmico favorece o desenvolvimento do fungo.
Se houver bolor na ração, no feno ou na silagem, deve-se fazer o descarte de todo o alimento. Ou seja, TODO o saco de ração ou fardo de feno e silagem deve ser eliminado.
Isso porque, mesmo que se retire o bolo visível a olho nu, há micotoxinas no alimento que não são possíveis de visualizar. Na verdade, isso é o que mais acontece em silagens e fenos pré-secados. Então é de suma importância a utilização de um adsorvente de toxinas para prevenir que o cavalo venha a ser intoxicado, já que elas são cumulativas no organismo.
Como se dá o diagnóstico
Ele é feito com base no estado clínico do cavalo, no histórico, manejo e exame laboratorial (hemograma e bioquímico). Há também análise dos alimentos fornecidos para o animal.
Caso o cavalo venha a óbito, são realizados exames que detectam alterações do sistema nervoso central.
Não há, porém, um diagnóstico específico para a leucoencefalomalácia. Isso porque os sinais clínicos são semelhantes aos de outras patologias como o tétano, as nematoides cerebrais, entre outras.
Há tratamento para a leucoencefalomalácia?
Não há cura, mas é possível — e preciso! — fazer um tratamento suporte para o cavalo. Ele ajuda a diminuir os danos causados ao sistema nervoso central do animal, já que, em casos avançados da doença, os equídeos não conseguem nem ficar em pé.
Pensando na saúde, bem-estar e qualidade de vida dos animais, a Univittá desenvolveu o MOS. Ele é um adsorvente de amplo espectro, ou seja, adsorve muitos tipos de micotoxinas e não deixa que o animal as ingira. Isso faz com que seja evitada uma intoxicação e a própria leucoencefalomalácia equina.
Gabriel Fernandes
Estudante de medicina veterinária, amante dos cavalos e atualmente trabalha no departamento de marketing e relacionamento com o cliente na Univittá Saúde Animal.
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