As patologias da porção distal do aparelho locomotor são a causa mais frequente de atendimento médico em equinos. Dentre elas temos algumas mais importantes e mais frequentes, como a síndrome do navicular, comum em cavalos atletas, laminite, broca e rachaduras.
Síndrome do osso navicular:
É uma patologia que acomete principalmente os membros torácicos, e é uma das causas mais comuns de claudicação intermitente em cavalos.
Fatores como como a conformação defeituosa, desequilíbrios do casco, ferrageamento inadequado ou irregular e exercícios em superfícies duras, podem causar ou agravar esta condição.
Esta síndrome é caracterizada por uma claudicação dos membros, crônica, associada à dor decorrente de alterações do osso navicular e estruturas afins, incluindo os ligamentos colaterais do osso navicular, ligamento ímpar do sesamóide distal, bursa do navicular, e o tendão flexor digital profundo. A doença é caracterizada por alterações degenerativas na estrutura, composição e a função mecânica da cartilagem, osso subcondral e tecidos moles do aparato podotroclear.
O diagnóstico dessa patologia nem sempre pode ser feito radiograficamente, sendo necessário meios especializados de diagnóstico por imagem, como o ultrassom.
O tratamento geralmente envolve períodos de repouso, cuidado com os cascos e colocação de ferraduras corretivas, medicamentos que melhorarem o fluxo sanguíneo, anti-inflamatórios e pode-se também fazer o uso de medicamentos especificos para o tratamento da artrite.
Laminite:
Laminite é a inflamação das lâminas do casco, que sofrem necrose comumente resultando em claudicação incapacitante, podendo ocorrer, em casos mais graves, o deslocamento da falange distal dentro da cápsula do casco.
Geralmente essa patologia ocorre como sequela de outros fatores clínicos como doenças associas à sepse ou endotoxemia; sobrecarga por peso excessivo em um membro, consequente de lesão no membro contralateral; doença de cushing, que é uma doença endócrina que afeta a glândula pituitária de cavalos e síndrome metabólica.
Existem três estágios bem definidos sobre a laminite:
Estágio de desenvolvimento: período em que o animal possui um dos fatores clínicos citados acima e oferece risco de laminite, podendo ser prevenida através de duchas de água fria e compressas com gelo.
Fase aguda: quando o dígito do animal começa a exibir os sinais clínicos. Nesta fase são tomadas medidas que aliviem a dor e que não permitam que a patologia evolua para a fase crônica. Dentre as medidas incluem-se a transferência do cavalo para um local com chão mole, analgésicos e antiinflamatórios podem ser usados, e as duchas de água fria são utilizadas como descongestionante, melhorando a circulação do membro.
Fase crônica: nesta fase, ocorre o deslocamento da falange distal que, devido à constante pressão da falange distal deslocada sobre a sola, causa contusões soleares ou hematomas.
Rachaduras:
Rachaduras são lesões nas paredes do casco, causadas principalmente por traumatismos, representam uma falha em qualquer lugar na parede do casco. Essas podem ser superficiais, quando envolvem o tecido córneo, ou profundas, se a fissura é espessa e envolve a lâmina sensível abaixo. Rachaduras que envolvem as lâminas sensíveis do casco são mais graves, os cavalos acometidos usualmente mancam e podem ter hemorragias pós-exercício.
Existem procedimentos que evitam que a rachadura chegue a coroa do casco e cause deformações permanentes.
Nestes casos é comum que haja infecções, já que a parede do casco é uma estrutura proteção contra microrganismos patogênicos e a fissura se torna uma “porta de entrada” com alto risco de contaminação.
Broca:
Brocas são abscessos sub-soleares que, diferente dos outros, são causadas por algum patógeno. A anaerobiose, condição onde há falta de oxigênio, é um dos principais fatores que torna o casco um ambiente favorável para o desenvolvimento de microrganismos patogênicos.
A limpeza da sola pode ser feita para tirar o acumulo de matéria orgânica, como fezes, e terra que ficam na sola e criam essa condição de anaerobiose, prevenindo que haja formação do abscesso. Animais em cocheira devem ter o casco limpo diariamente, pois estes têm pré-disposição maior para desenvolver esta condição, já que nas baias sua movimentação é limitada, portanto o acumulo de sujeiras será maior e o contato com matéria orgânica também.
O tratamento pode ser feito com a drenagem do abscesso a partir de um furo na sola, normalmente, ou pode-se fazer compressa com água morna e pomadas que aumentem a circulação sanguínea, para que o abscesso venha a furo naturalmente.
Muitas dessas enfermidades podem ser tratadas e prevenidas com a correção do manejo e até mesmo com o aporte nutricional adequado. A Univittá tem em sua linha dois produtos que atendem muito bem as duas frentes, um é o Foot Balance e o outro é o SóSebo.
No Foot Balance a ideia de valorizar os minerais de performance existente, foi para proporcionarmos desempenho legítimos que atendam todos os critérios de melhorias dos cascos tanto de equinos como de bovinos.
Além dos Oligoelementos de performance o Foot Balance vem enriquecido com pré e probióticos, de biotina e betacaroteno.
Mas o que esperar? Em todos os trabalhos que estudam a qualidade dos cascos dos animais dificilmente se observa grandes resultados com animais sadios nesse aspecto. Dessa forma, a autenticidade do Foot Balance vai propiciar a melhoria da qualidade do casco, qualidade de ranilha e resistência do estojo córneo, assim o crescimento será consequência.
O SóSebo é um produto em spray a base de sebo de carneiro puro, dentre as propriedades do sebo de carneiro, uma das mais importantes dele é a capacidade de hidratar e impermeabilizar a superfície dos cascos dos animais, mantendo desta forma a hidratação ideal dos mesmos e impedindo o ressecamento e aparecimento de rachaduras.
Letícia Simões
Estudante de Medicina Veterinária USP Pirassununga FZEA , estagiária no laboratório de pesquisa em saúde digestiva e desempenho de equinos, atualmente envolvida em um experimento sobre nutrição do casco equino e trabalha no marketing da Univitta Saúde Animal.
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