Silagem de milho: vilã ou
salvadora da pátria?
Os tempos são outros e a equinocultura vem se transformando a cada ano.
O perfil dos proprietários de cavalos também mudou, e o desejo de ter um cavalo
se tornou presente para diversas pessoas principalmente das cidades grandes, e junto
a isso o paradigma de que lugar de cavalo é no haras ou na hípica caiu por
terra.
Todos se viram do direito de usufruir desse PET GRANDÃO e muito de sua
natureza, fisiologia e hábitos tiveram que ser adaptados, principalmente a
alimentação. O equino é um herbívoro (nasceu e vive para comer capim), mas
qualquer capim? Qualquer fonte de volumoso pode ser utilizada na sua
dieta? A resposta é não, mas não podemos
fugir da realidade e ela é cruel. Em tempos de seca o capim acaba, e o que fazemos?
A silagem é um método de conservação eficaz, mas que trás consigo pontos
positivos e negativos. Em especial a silagem de milho quando destinamos para
alimentação dos equinos esses pontos se distanciam ainda mais. Por ser de fácil
produção, muito usada em outros meios de produção como bovinos e relativamente
barata a silagem de milho vem entrando na equinocultura com muita força e
apesar de inúmeros malefícios de sua utilização em equinos, não podemos remar
contra a maré, ela é uma opção e dificilmente deixará de ser.
O que devo considerar para usar a
silagem de milho para meu cavalo?
Primeiro tenho que estar ciente que a silagem de milho é riquíssima em água
contendo somente 30% de matéria seca, e que se considerarmos que um equino de
400 Kg tem que consumirem torno de 12 Kg de matéria seca, temos que saber que
ele consumirá quase 3 vezes mais o volume de silagem do que de um feno. Dessa
forma, por questão de custo a silagem terá que sair 3 vezes mais barata.
Segundo, a silagem de milho é rica em amido e de fibras de difícil
digestão pelos equinos. Essa característica nos obriga a ficar atentos a
possíveis quadros de laminites proveniente do excesso de amido e cólicas,
provenientes da difícil digestibilidade das fibras pelo cavalo.
Terceiro, é fundamental que além de conhecer profundamente sua
procedência e métodos de fabricação que cuidemos de perto do armazenamento
adequado e do dia a dia de fornecimento aos animais, uma vez que as silagens em
especial a de milho são as preferidas dos fungos servindo de meio de cultura e
carregando altíssimas cargas de micotoxinas (toxinas produzidas por fungos,
quando submetidos a estresse térmico principalmente). Essas micotoxinas causam
diversos problemas, reprodutivos e produtivos para o animal, levando até a
morte muitas vezes.
Como devo utilizar?
Para utilizar a silagem de milho e estando certo de que nenhum aditivo
danoso ao equino é utilizado em sua produção, como a monensina. Precisamos
armazená-la de forma criteriosa, se possível ao abrigo da luz solar intensa e
em local arejado. Isso é importante,
pois conforme dito anteriormente os fungos se aproveitam do estresse térmico
para esporular suas toxinas e esse manejo poderá diminuir a carga de
contaminação.
Muitas das silagens veem em bolas compactadas com pouca presença de ar,
isso pode até ajudar na conservação do produto, mas não isenta dos cuidados
acima citados, uma vez que qualquer perfuração pode comprometer de forma
substancial o volumoso.
A abertura das embalagens é um momento crítico. Por ser um momento de
estresse, onde o material fica exposto em contato direto com ar e muitas vezes
ao sol e chuva, seria ideal que opte por embalagens menores que proporcionem um
rápido consumo pelos animais, que o local de fornecimento seja coberto e livre
ambientes com muito esterco ao redor ou lama.
Considere que por ter altíssimo níveis de amido, altamente fermentável
alguns animais podem apresentar um certo desconforto na ingestão limitando seu
consumo na mesma velocidade que os demais o que poderá deixá-lo de fora de sua
ingestão mínima diária, consequentemente este poderá apresentar pior escore
corporal do restante dos animais. Um outro fator relevante é uma possível
contaminação por micotoxina, causando redução do consumo e a imunodepressão do
animal.
O que posso fazer para amenizar seus riscos?
Bom, partindo do principio que estamos usando uma fibra de baixa
digestibilidade para os equinos a utilização de leveduras vivas é uma
importante ferramenta, que promete atuar não somente na digestibilidade como
também na acidose proveniente dessa nova dieta.
A utilização de adsorventes de micotoxinas é fundamental quando
utilizamos silagens, principalmente na silagem de milho. Esses adsorventes
diminuirão os efeitos das micotoxinas nos animais que podem ser caracterizados
como: imunossupressão, cólicas, abortos, problemas reprodutivos, problemas
neurológicos e até mesmo morte súbita.
Usar aditivos que minimizem a proliferação desses fungos pode ajudar
substancialmente na contenção dos efeitos das micotoxinas. Atualmente existe um
conservante de forragens que além de ser usado no momento do armazenamento,
pode ser usado na abertura do silo ou no fornecimento no cocho.
De forma geral, temos inúmeras ferramentas que podem ser usadas para
viabilizar ou minimizar os malefícios na silagem de milho para os equinos. O fato
é que longe de ser o ideal é o que temos, e cabe a nós profissionais da área
criarmos alternativas de usar da melhor forma com o que temos hoje para
trabalhar.
Pensando nisso a Univittá vem inovando e fazendo tendência, reconhecida
como uma das primeiras a contextualizar a utilização da levedura viva Pro-SACC na alimentação dos equinos de forma contínua, aumentando a qualidade de vida
dos animais, chegamos no momento de usufruir de mais uma ferramenta a muito
tempo defendida por nós, nosso adsorvente de micotoxina e prebiótico M.O.S. Um
adsorvente de amplo espectro e que se compromete junto com você combater os
malefícios desses agentes tão danosos e invisíveis.
Junto dessa dupla implacável a Univittá lança o NEWFEED, um aditivo
conservante que pode ser pulverizado sobre o alimento no momento da abertura do
silo para os animais, pulverizado sobre o cocho e fundamental no momento do
armazenamento de fardos de feno e silagens, pois inibe a proliferação dos
fungos, consequentemente uma posterior contaminação do alimento.
Medico Veterinário, empresário fundador da Univittá Saúde Animal, pós graduado em administração de empresas pela FGV. Formulador e desenvolvedor de tecnologias para nutrição animal, com experiência em marketing veterinário e venda de produtos de conceito.
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O aminoácido vem se tornando essencial para uma alimentação excelente!
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